segunda-feira, 31 de março de 2014

O eu caminha

The Sower - Vincent Van Gogh - 1888

O eu caminha rumo ao encontro de si mesmo e encontra obstáculos e dificuldades. Descobre que não é tão bom quanto pensava e que a razão não lhe pertence, tendo agido por orgulho enquanto o amor se esvai e esfria. Descortina a escuridão e descobre profundas feridas; vê em seu rosto várias faces, vê suas intenções negativas, a vaidade vazia e os vícios lamentáveis. Fica assustado, pois a consciência agora aponta o que antes parecia normal.

O eu caminha, fraqueja e cai muitas vezes. Nesse processo sente muitas dores, mas é preciso manter-se firme, apesar das tormentas da vida, e apurar as imperfeições, lapidando o íntimo para sentir a leveza do caminho.

Oh, eu, de ainda tantos “eus”, persista na marola da vida, navegando nesse mar com a bússola do ideal verdadeiro, e não fuja das tempestades, pois elas são necessárias para que perceba que tem a força para não deixar o barco virar. Lembre-se de que é filho de Deus, e Deus é dono de todos os mares, de todos os ventos e tempestades, e nenhuma dessas tormentas poderá lhe derrubar agora que decidiu caminhar, pois o amor do pai segura sua mão e a vida lhe oferece vida para viver. Com coragem encontrará as belezas escondidas, portanto não se assuste por saber-se imperfeito, apenas assuma e siga ao encontro e à unificação de si mesmo.

Caminhe e persista, sabedor do próprio amor, porque eu, ser criado de Deus, sou criatura bendita que pertence ao Criador eternamente por amor.

Espíritos: Amenhiteth e Artemius
Médium: Kátia
29/07/2011