The Sower - Vincent Van Gogh - 1888
O eu caminha rumo ao encontro de
si mesmo e encontra obstáculos e dificuldades. Descobre que não é tão bom
quanto pensava e que a razão não lhe pertence, tendo agido por orgulho enquanto
o amor se esvai e esfria. Descortina a escuridão e descobre profundas feridas;
vê em seu rosto várias faces, vê suas intenções negativas, a vaidade vazia e os
vícios lamentáveis. Fica assustado, pois a consciência agora aponta o que antes
parecia normal.
O eu caminha, fraqueja e cai
muitas vezes. Nesse processo sente muitas dores, mas é preciso manter-se firme,
apesar das tormentas da vida, e apurar as imperfeições, lapidando o íntimo para
sentir a leveza do caminho.
Oh, eu, de ainda tantos “eus”,
persista na marola da vida, navegando nesse mar com a bússola do ideal
verdadeiro, e não fuja das tempestades, pois elas são necessárias para que
perceba que tem a força para não deixar o barco virar. Lembre-se de que é filho
de Deus, e Deus é dono de todos os mares, de todos os ventos e tempestades, e
nenhuma dessas tormentas poderá lhe derrubar agora que decidiu caminhar, pois o
amor do pai segura sua mão e a vida lhe oferece vida para viver. Com coragem
encontrará as belezas escondidas, portanto não se assuste por saber-se
imperfeito, apenas assuma e siga ao encontro e à unificação de si mesmo.
Caminhe e persista, sabedor do
próprio amor, porque eu, ser criado de Deus, sou criatura bendita que pertence
ao Criador eternamente por amor.
Espíritos: Amenhiteth e Artemius
Médium: Kátia
29/07/2011