segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Lançamento de "E a Vida Continua..."

A safra de filmes que abordam a temática espírita oferece ao público mais um de seus frutos, com o lançamento, em 14 de setembro de 2012, do filme "E a Vida Continua...", grande sucesso da literatura espírita lançado em 1968, ditado pelo espírito de André Luiz ao médium mineiro Chico Xavier, em 1968 -trata-se do 13º e último livro da série “A Vida no Mundo Espiritual”. 
 
O filme conta a trajetória da jovem Evelina (Amanda Costa), que, após ter seu carro quebrado na estrada, é socorrida pelo gentil Ernesto (Luiz Baccelli). Tal incidente dá início no a uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes revelações.

Além de Amanda Costa e Luiz Baccelli, a atriz Ana Rosa e o ator Lima Duarte também intergam o elenco desse filme roteirizado e dirigido por Paulo Figueiredo que, na entrevista a seguir, comenta sobre a obra.
 
Como e quando começou seu interesse por temas Espíritas e/ou Espiritualistas?
Paulo Figueiredo - Uma espécie de “cruzamento de dados” a respeito da vida me despertou o interesse pelo espiritualismo em geral, e, mais especificamente, pelo Espiritismo. Fatos isolados ou sequências de fatos ao longo da minha existência me abriram os olhos para uma Realidade além do alcance material desses mesmos olhos.
 
Como você vê a ascensão deste tipo de Cinema (Espírita ou Espiritualista) no Brasil?
Paulo Figueiredo - Assim como ocorre comigo,  creio que milhões de pessoas pelo mundo afora percebem esse algo mais a  propósito da vida.  Dessas, uma boa parcela se dedica às artes e à comunicação através das diversas mídias, com destaque para o cinema e a TV.  A consciência quanto ao potencial desses meios existe desde sempre.  O despertar dessa consciência para a utilização superior deles começou a acontecer há não muito tempo. E é  comovedoramente bem-vindo.
 
Como surgiu o projeto para roteirizar e dirigir E a Vida Continua na sua carreira?
Paulo Figueiredo - No início de 1970 li pela primeira vez  E a vida continua..., e me senti fascinado pela história de Ernesto e Evelina. Pensei numa peça teatral, cheguei a escrever parte dela, tive oportunidade até mesmo de falar sobre o projeto com nosso sempre querido Chico Xavier, que ouviu generosamente e me estimulou a levar adiante a ideia. Porém, o empreendimento se revelou inviável, principalmente por razões econômicas.  Em época recente, por volta de 2004,  conheci Oceano Vieira de Melo, historiador e documentarista Espírita dos mais atuantes,  juntamos nossos entusiasmos e o projeto foi redirecionado para o cinema. Em 2005 comecei a “construir” o roteiro, em seus primeiros tratamentos, num processo de depuração, versões sucessivas até o texto final aprovado pela FEB – Federação Espírita Brasileira - já em 2009. Então iniciamos os trabalhos de pré-produção, produção e finalmente pós-produção, uma tarefa que do nosso tempo consumiu três anos, mas nos deu uma felicidade que em tempo nenhum desaparecerá.
 
Quais foram as principais dificuldades e os maiores prazeres em dirigir E a Vida Continua?
Paulo Figueiredo - Dificuldade é uma palavra constantemente ouvida no set de filmagem. Quando um assistente se aproxima do diretor, em geral a conversa começa com: “Temos uma dificuldade”. São tão inúmeros quanto inesperados os motivos para isso. Ruídos ambientes que impedem a gravação de diálogos, movimentação de  pessoas, veículos, chuvas imprevistas, defeito no equipamento, eventual doença de alguém muito importante na realização do filme. Por ser trabalho de equipe, uma ausência pode significar prejuízo, impossibilidade, atraso. Isto para falar do dia-a-dia, do lado prático. Há questões mais problemáticas a considerar, e prefiro não dar espaço a elas, nesta matéria. Melhor falar das alegrias. Os atores, pessoal técnico, de produção,  mais as pessoas e instituições de fora que decisivamente colaboraram conosco  só me deram motivos para sorrir e agradecer o tempo todo. Foi como se aquela gente já tivesse sido escolhida e reunida para esse filme desde sempre. E eu, arrogante  e pretensioso como qualquer ser humano ainda imaturo,  achei que eu os tinha escolhido.
 
Já tem projetos para próximos longas metragens para o Cinema?
Paulo Figueiredo – Tenho um roteiro pronto, aguardando aprovação da FEB: “Sexo e destino”, também da obra de André Luiz psicografada por Chico Xavier.
 
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